Golfista de 70 anos consegue uma das jogadas mais difíceis do golfe, no Sul-Americano Sênior, no Rio

Golfista de 70 anos consegue uma das jogadas mais difíceis do golfe, no Sul-Americano Sênior, no Rio

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Aposentado que observa e fotografa pássaros coleciona ainda outros feitos incríveis no esporte

Rubem comemora hole-in-one no Campo Olímpico, arquivo pessoal, e a capa de seu livro no Quênia: amor por aves, águias, albatrozes e outros bichos

Desde a pandemia, o colombiano Ruben Arango Puerta, de 70 anos, divide sua paixão pelo golfe com o hobby de observar e fotografar pássaros. O golfe, ele pratica desde 1968, com uma pequena interrupção para se formar em engenharia elétrica. Já a observação de pássaros veio de um prolongamento forçado de uma viagem ao Quênia, após a decretação da pandemia de coronavírus, no começo de 2020.

Ruben normalmente consegue unir as duas atividades, aproveitando suas viagens para competir em torneios de golfe com passeios para encontrar e fotografar novas espécies de pássaros para a sua coleção. O mais curioso disso tudo é que as duas jogadas mais difíceis do golfe têm nomes de pássaros, e ele já conseguiu as duas; e mais de uma vez.

Holes-in-one

Nesta quinta-feira, 23 de outubro, quando jogava a segunda rodada do 45º Campeonato Sul-Americano de Golfe Sênior (55 anos ou mais), no Campo Olímpico do Rio de Janeiro, Ruben conseguiu embocar a bola de primeira no buraco 8, um feito conhecido como hole-in-one (buraco em uma), mas também chamado de “eagle” (águia) por ter economizado duas tacadas no buraco (embocou com a primeira num buraco que normalmente se precisa de três tacadas. Do local de saída ao buraco, a bola percorreu 131 jardas (120 metros). Em tempo, quando se economiza apenas uma tacada o nome da jogada é “birdie” (passarinho).

A probabilidade para um jogador amador como Ruben embocar um hole-in-one é de uma em 12,5 mil tentativas. Muito golfistas jogam a vida toda sem fazer um hole-in-one sequer. Mas não é o caso de Ruben, que fez hoje o décimo hole-in-one da carreira. Seis deles foram jogando com amigos no dia a dia e quatro em competições oficiais, como este no Campo Olímpico, o único que ele conseguiu fora da Colômbia.

Albatrozes

Além desses 10 “eagles” especiais — por serem holes-in-one —, Ruben fez ainda dois “albatrozes”, nome que remete a um pássaro maior que a águia, por se tratar de uma jogada ainda mais difícil: embocar com a segunda tacada num buraco de par 5 (os mais longos, que exigiriam cinco tacadas para embocar), economizando três de uma só vez.

“Para mim, fazer um albatroz foi muito mais emocionante do que os holes-in-one” compara Ruben. “Nos holes-in-one eu jogo a tacada inicial com a bola em cima de um tee – condições ideais – e emboco de uns cento e tantos metros de distância; nos albatrozes, tenho que jogar como a bola se encontra no campo e acertar o buraco de uma distância de 200 metros ou mais”, explica o colecionador de pássaros tanto no golfe como na observação da natureza.

Livro

A estadia forçada de Ruben no Quênia virou livro: “Kenia: Memorias de Campo”, lançado em abril de 2024, com 267 fotografias de 129 espécies de aves, disponível na Amazon. A edição foi de sua prima, Tute Puerta Hoyos, apaixonada protetora da natureza e destacada golfista profissional, campeã nacional e sul-americana, que havia publicado 20 anos antes o livro “Campos de Golf en Colombia” e sua versão em inglês, “Golf in the tropics”.

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